quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Antropologia e educação

Hebert José Balieiro Teixeira

A antropologia surgiu em meados do século XVIII, como uma ciência do homem para construir um olhar focado para o homem como objeto de estudo, até então, nada visto para a época, pois os estudos anteriores eram voltados apenas para as áreas da filosofia, mitologia e teologia, que serviam para explicar os fenômenos da vida.

Esta nova ciência voltava o seu estudo para as ações, modo de pensar, modo de agir e modo de vida do ser humano. O homem passa a ser o objeto dos estudos de vida, sendo uma ciência antropológica, como todas as ciências, ela não se mantém estática. Uma das principais mudanças foi a ruptura metodológica que ocorreu no século XIX, havendo assim, uma interação entre o sujeito e o objeto de estudo, sendo a metodologia etnografia mais adequada para esta ciência através de um estudo no campo.

No século XX, ocorre uma crise de identidade com o objeto de estudo da antropologia, pois de “primitivo”, esse objeto passa a ser chamado de homem moderno.

A disciplina em sala de aula

Hebert José Balieiro Teixeira

A teoria da aprendizagem social ou (aprendizagem por observação dos modelos), tem como defensor o teórico Albert Bandura, sendo esta teoria de característica behaviorista, ele faz uma reflexão sobre o papel dos pais, dos professores, os “os heróis” reais ou fantásticos e ainda faz uma reflexão sobre o contexto histórico e social.

Para Bandura, o reforço no modelo proporcionará a reflexão no que observa, podendo ser negativa ou positiva “aprendizagem vicária”.

Para a esmagadora massa de professores a indisciplina é sinônimo de conversa, mas para Bandura é através da conversa que se aprende, a disciplina não pode ser confundida com o silêncio. A escola é um centro socializador, ela é um centro epistemológico onde se aprende. A escola deve ensinar a verdade, a bondade e a justiça, quando isso não ocorre chamamos de indisciplina, pois o estudante tem o professor como seu espelho, ele é o seu herói, se um professor desrespeitar os seus estudantes os estudantes retribuirão como diz o ditado “na mesma moeda”.

Para a disciplina ocorrer o professor deve ser pontual não só no horário, mas em todo o seu trabalho como professor, para que tenha o respeito da turma e tenha uma sala disciplinada.

Segundo Celso Antunes, “o professor deve dar a aula para a coletividade, mas não se esquecendo de cada indivíduo”, numa aula dinâmica e socializadora.

A noção do próprio corpo na concepção de Henri Wallon

                   Hebert José Balieiro Teixeira   
 
De acordo com os estudos de Henri Wallon, a noção do próprio corpo se constrói gradativamente por meio de etapas sucessivas e diretamente relacionadas com os processos gerais da psicogênese. A pessoa vai se construindo ao longo do seu desenvolvimento, tendo na emoção a origem de seu psiquismo, sendo que o comportamento emocional constitui o primeiro modo de comunicação. Por tanto, é por meio das interações com os outros que as manifestações expressivas se exteriorizam.

Para se adquirir do eu corporal, é preciso que se realize uma distinção entre os elementos atribuídos ao próprio corpo e os mais diretamente com o mundo exterior e só pela exploração sistemática de seu corpo poderá gradualmente reconhecer e individualizar suas partes, podendo, então, integrá-las em uma unidade corporal. Desta forma, a consciência a consciência corporal é a condição fundamental para o início da consciência de si.

Na teoria Walloniana a consciência irá ser construída ao longo da evolução em uma orientação clara para uma progressiva diferenciação de si.

As influências entre o eu e o outro são recíprocas e varriam de acordo com as necessidades próprias dos diferentes momentos do desenvolvimento.

Wallon levanta a hipótese de que a relação com as outras pessoas é intermediada pelo fantasma do outro que cada um de nós traz em si.

O outro que faz parceria com o eu é também denominado “socious”, sendo parceiro perpétuo do eu na vida psíquica. O eu e o outro tem uma mesma filiação e se completam.

O socius é um duplo eu, seu complemento indispensável, um parceiro constante que normalmente aparece recalcado, reduzido pelo domínio do eu. Seu papel fica mais evidente em situações de incertezas, de tomadas de decisões, de reflexão sobre situações, nas quais passa a exercer a função de suporte das discussões interiores, uma vez que se presta a dialogar e partilhar das experiências do eu.

Esse estágio está voltado para a pessoa, para o enriquecimento do eu e para a construção da personalidade.

A consciência corporal é condição fundamental para o início da consciência de si, pode-se dizer que é o prelúdio da construção da pessoa, e que contempla, necessariamente, o início dos processos de diferenciação EU-OUTRO.

O estágio do personalismo é marcado por três momentos distintos: a oposição, a sedução e imitação.

A pessoa evolui constantemente para uma gradual diferenciação.

O pensamento opera sobre símbolos e impõe às coisas a fragmentação dos sinais e das imagens que são importantes para a sua análise. A questão da significação que se pode dar ás coisas está situada na fronteira entre a inteligência prática e teórica.

O pensamento é definido como inteligência verbal e discursiva. O problema fundamental da evolução intelectual é a sucessão de duas inteligências: a sensório-motora e a discursiva.

A linguagem enunciada identifica-se com o pensamento discursivo, sendo que as representações e as relações de que é suporte tendo a sociedade como matriz indispensável.

A aprendizagem: conceito e características

Hebert José Balieiro Teixeira


I – Conceito de aprendizagem

O que é aprendizagem? e quais são as suas características?

Visando responder estas perguntas, através de estudos e pesquisas empreendidas pelos psicólogos resultaram no aparecimento de diferentes conceitos e definições de aprendizagem.

Há muitas divergências pelas quais diversos psicólogos abordam o fenômeno da aprendizagem. Assim, a aprendizagem tem sido considerada como:
• Um processo de associação entre uma situação estimuladora e a resposta, na teoria conexionista da aprendizagem;
• O ajustamento ou adaptação do indivíduo ao ambiente, na teoria funcionalista;
• Um processo de reforço do comportamento, baseada em um sistema dedutivo-hipotético, formulada por Hull;
• Um condicionamento de relações, realizado por diversas formas;
• Um processo perceptivo, em que se dá uma mudança na estrutura cognitiva.

Pode-se concluir a dificuldade para conceituar a aprendizagem de forma satisfatória. Porém, dos estudos realizados pelos especialistas se pode conceituar como a modificação sistemática do comportamento em caso de repetição da mesma situação estimulante. Esta noção implica o reconhecimento dos seguintes fatos:
• Existência de fatores dinâmicos;
• Possibilidade de modificação sistemática dos indivíduos;
• Aparecimento de resultados cumulativos ou continuados da prática.

Assim, a aprendizagem pode ser definida como uma modificação sistemática do comportamento, por efeito da prática ou experiência, com um sentido de progressiva adaptação ou ajustamento a uma nova situação que se ofereça.

Uma análise exaustiva das definições de aprendizagem dos diversos autores conduzirá a conclusão de que a mais geral das definições, abrangendo o pensamento da maioria deles, poderá resumir-se no seguinte: aprendizagem é uma modificação sistemática do comportamento ou da conduta, pelo exercício ou repetição, em funções ambientais e orgânicas.


II – Aprendizagem e desempenho



A aprendizagem continua ainda no plano das formulações teóricas.

Não se pode confundir aprendizagem com desempenho, que é o comportamento através do qual se infere a ocorrência da aprendizagem, uma das muitas variáveis que influenciam o desempenho.

Na realidade, não se descobriu uma forma de observar diretamente a aprendizagem, pois observa-se apenas as condições que antecedem o desempenho, depois o desempenho propriamente dito e finalmente as conseqüências do desempenho.


III – Conceito acadêmico de aprendizagem.

A aprendizagem não é apenas a aquisição de conhecimentos ou de conteúdo dos livros, como pode ser compreendida por uma concepção estreita e acadêmica do fenômeno, como também não se limita apenas ao exercício da memória, é antes um processo global, em que envolve os aspectos sociológicos, psicológicos, fisiológicos e cognitivos de um indivíduo.

IV – Característica da aprendizagem

1. Processo dinâmico: Não se trata apenas de atividade externa física, mas também, de atividade interna, mental e emocional, porque a aprendizagem é um processo que envolve a participação total e global do indivíduo em seus aspectos físicos, intelectuais, emocionais e sociais;

2. Processo contínuo: Desde o início da vida a aprendizagem acha-se presente, sendo um processo contínuo na idade escolar, na adolescência, na idade adulta e até a idade mais avançada;

3. Processo Global ou Compósito: A aprendizagem envolvendo uma mudança de comportamento terá que exigir a adaptação total e global do indivíduo para que todos os aspectos constitutivos de sua personalidade entrem em atividade no ato de aprender;

4. Processo Pessoal: Ninguém pode aprender por outrem, pois a aprendizagem é intransferível, de um indivíduo para outro;

5. Processo gradativo: A aprendizagem é um processo que se realiza através de operações crescentemente complexas, porque em cada nova situação envolve maior número de elementos;

6. Processo cumulativo: Com um sentido de progressiva adaptação e ajustamento social.

Como vimos no decorrer do texto a aprendizagem tem sido definida como uma mudança de comportamento ou do modo de pensar e de agir de um indivíduo, revendo todos os seus conceitos adquiridos, modificando-os conforme a sua aprendizagem, que depende do meio em que o mesmo vive.

O que é aprendizagem, afinal?


Hebert José Balieiro Teixeira

O tempo todo em que vivemos estamos em processo contínuo de aprendizagem, que perdura por toda a vida, pois a psicologia vem conceituando aprendizagem como uma mudança de comportamento.

Segundo Mc Connel, A aprendizagem é progressiva mudança do comportamento que está ligada, de um lado, a sucessivas apresentações de situações de uma situação, e de outro, a repetidos esforços dos indivíduos para enfrentá-la de maneira eficiente.

A aprendizagem pode ser compreendida como um processo dinâmico, contínuo, gradativo, cumulativo, individual, pessoal e intransferível (maneira de aprender e ritmo), que envolve a participação total e global do individuo nos aspectos físico, intelectual, emocional e social.

O desenvolvimento humano é longo, se comparado ao de outras espécies, basta observar a duração da infância e da adolescência. Durante todo este período, e adentrando na vida adulta, a aprendizagem tem seu espaço privilegiado na vida do homem.

Da análise, porém, dos estudos realizados pelos especialistas Campos (2002, p. 29), ela define a aprendizagem, de um ponto de vista funcional, como
a modificação sistemática do comportamento, em caso de repetição da mesma situação estimulante ou na dependência da experiência anterior com dada situação.
De acordo com a compreensão de inteligência, o qual todos os seres humanos possuem e que nasce no sistema neuronal através das descargas elétricas e químicas mais conhecidas como sinapses, sendo um produto do processo cerebral Gardner (1994), Piaget (1987) e Lopes and Abib (2003), conceituam-na como uma capacidade de resolver problemas a partir da adaptação ao meio e/ou atualização de uma disposição, sendo que as capacidades da inteligência estão em constante mudança.

Sócrates acreditava que o conhecimento já existia no espírito do homem e que a aprendizagem era somente um início do espetáculo, uma vez que estava adormecido, ao fazer a seguinte afirmativa: “conhece-te a ti mesmo, pois dentro de ti reside toda a sabedoria”.

Platão inspirado em Sócrates, ao contrário separou o corpo (ou coisas) da alma (ou idéias), fazendo esta dicotomia, propõe a “doutrina das reminiscências”, na qual os conhecimentos são idéias contempladas em uma encarnação anterior que, pela percepção volta ao seu estado.

Para a psicologia existem elementos para a realização do processo de aprendizagem que são conhecidas como situação estimuladora, o sujeito que aprende e a resposta.

Este processo de aprendizagem ocorre por etapas que são a motivação, o objetivo e a preparação ou prontidão, sendo que, neste último item os fatores fisiológicos, psicológicos e as experiências anteriores são preponderantes para o processo, mas é necessário saber que há obstáculos que precisam ser superados como a natureza social, a natureza psicológica e a natureza física.

As condições necessárias para que haja a aprendizagem são de caráter puramente biológico, pois é necessário que haja uma maturidade orgânica, um desenvolvimento sensorial, condições de resposta aos estímulos captados como por exemplo a adaptação e o ajustamento ao meio e a mudança de comportamento aliado a uma estimulação da memória. Os aspectos físico-químicos também são fundamentais, pois o indivíduo envolvido nesse processo de aprendizagem tem que ter uma alimentação adequada, cuidados com a saúde e por fim prevenir-se quanto ao uso de substancias químicas.
 

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Dináh Martins de Souza. Psicologia da aprendizagem. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

GARDNER, Howard. Estruturas da Mente: A Teoria das Inteligências Múltiplas / trad. Sandra Costa – Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.

LOPES, Carlos Eduardo. ABIB, José Antônio Damásio. O Behaviorismo Radical como filosofia da mente. In: Psicologia: Reflexão e Crítica. Vol. 16, nº 1, 2003, p.85-94. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n1/16800.pdf > Acessado no dia 20 de setembro de 2007, às 17h10min.

PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4.ed. – Rio de Janeiro, RJ: LTC Editora, 1987, p. 09-389

Mudanças climáticas

Hebert José Balieiro Teixeira

Este assunto nos leva a refletir a respeito do efeito estufa, pois observamos que dada dia a temperatura do planeta está aumentando. E, infelizmente os líderes dos países não se deram conta ou fecham os olhos para o perigo que corremos, sendo que, os Estados Unidos se preocupam tanto com a questão terrorista e não vê como o planeta está sofrendo com a alta industrialização nas metrópoles.

As empresas só se importam com o lucro e por isso despejam os seus poluentes nos rios, poluindo todo um ecossistema, e não bastando essa destruição lançam seus gases poluentes na atmosfera, causando o efeito estufa responsáveis pelo aumento da temperatura terrestre e o derretimento das calotas polares. Se essa ação não for repensada pelos poderosos da terra e contida, possivelmente toda a terra será inundada pelas águas dos pólos norte e sul.

Já que essa geração não dá a mínima Para natureza, os professores têm o dever de inculcar na futura geração a sensibilização pela consciência ambiental para que esta destruição possa parar.
Que os estudantes possam ter amor ao meio ambiente em que vivem, pois sem ele não há vida. Nós devemos nos policiar para que não venhamos a sofrer mais ainda as conseqüências do mau uso do ambiente.

Currículo é uma trajetória, pressupõe etapas

O currículo é pragmático, sendo que não existe um único currículo na escola, mas inúmeros currículos-rede alterados, plurais, complexos, heterárquicos. O currículo paradoxalmente inclui e exclui. por ser um modelo criado para o poder hegemônico deve-se estudá-lo na vida cotidiana, devemos nos por contra “o olhar que busca erros, presente em nossos processos de avaliação”.

A educação escolar no contexto das transformações sócio-culturais

Hebert José Balieiro Teixeira 


A ideologia Neoliberal é a auto-regulação da economia, a economia por si mesmas se define e se cria, sendo que no país liberal a economia supre as formas superadas e degradadas de intervenção social, um exemplo de intervenção social é influência do neoliberalismo na educação, pois os acontecimentos do mundo atual vem afetando a educação e exige um novo tipo de trabalhador flexível e polivalente. Exige também que a escola forme habilidades cognitivas e competências sociais e pessoais e ainda que o capital determine que a escola atenda aos interesses do mercado, modificando os objetivos e as propriedades da escola, modificam os interesses das necessidades e os valores escolares e ainda exige que a escola se adéqüe as novas tecnologias, comunicação e informática, induzindo alterações na atitude do professor e no trabalho docente.

A escola hoje não é mais considerada o único meio e o mais eficiente e ágil de socializar o conhecimento. Ela deve iniciar um processo de reestruturação dos sistemas educativos e da instituição como a conhecemos.

A escola precisa conviver com outras modalidades de educação. Deve articular educação não formal, informal e profissional.

O ensino hoje deve contribuir para formar indivíduos capazes de pensar e aprender em um contexto das novas tecnologias de produção, relações contratuais de capital-trabalho, emprego e organização de trabalho.

O ensino deve contribuir para realizar formação global para melhorar a qualificação profissional, desenvolvendo conhecimentos e capacidades para a consciência crítica do cidadão, formando cidadãos éticos e solidários.

Tudo isto é justificado pelo capitalismo para atender sua hegemonia e reorganizar suas formas de produção e consumo, eliminando as fronteiras comerciais para uma globalização da economia, para que ocorra o fortalecimento das nações mais ricas e submetendo os países mais pobres à dependência de consumo.

Atualmente a política educacional nos países ricos ainda é de atender a lógica capitalista.

Chegando ao fim de nosso texto, falando sobre o balanço provisório do neoliberalismo no Brasil que parte do discurso da modernização educativa, da diversidade, da flexibilidade dos currículos, que segundo ele seria para a melhoria da competitividade, da produtividade, de eficiências e da qualidade dos sistemas educativos, pois para o neoliberalismo a escola e o ensino devem se adequar às demandas e exigências e a qualidade dos sistemas educativos, mas esquecem eles que o capitalismo não torna um cidadão mais crítico, mas sim, alienado da vida social e educacional.


O neoliberalismo é apenas uma construção ideológica para enriquecer os mais ricos e escravizar os mais pobres tendo a escola como um mecanismo de fortalecimento dessa ideia.

Reprodução da desigualdade escolar

Hebert José Balieiro Teixeira



De acordo com George Duby “Para que serve a história se não for para ajudar nossos contemporâneos a ter confiança em seu futuro e abordar com mais recursos às dificuldades encontradas no cotidiano?”. Tendo em vista que "a desigualdade social não é criada pela natureza, ela é criada pelos homens, numa relação constante de força, de dominação e exploração” (Fábio Konder).

No ensino, como um todo, há uma divisão entre os SABERES escolares e acadêmicos. No saber escolar não se produz conhecimento, pois o ensino é transmitido sem problematização, devido o seu caráter extremante tradicional, onde o professor é o detentor do conhecimento e o estudante é considerado como uma "tábula rasa", ou seja, são desconsiderados os conhecimentos prévios subjacentes do estudante.  

O ensino tem sido transmitido de forma arbitrária, numa pedagogia tradicional, onde o este serve unicamente para efetivar a classe dominante através das representações simbólicas encontradas nos livros didáticos e para didáticos.

Segundo Ernsta Zamboni em seu artigo “Reprodução de uma visão”, essas representações ordens simbólicas construídas pelo imaginário da sociedade deixa de ser uma visão deformadora “o que não é real, a partir desta ordem simbólica passa a ser considerado real”. Isto ocorre pelo fato de que a sociedade passa por um processo de mudança, sendo que a educação não está excluída desta transformação que chamamos de “representação”, sendo constituídas pelos significantes que são imagens e/ou palavras e seus significados que são as representações dos significantes.

Ainda conforme Zamboni nos livros de história o conhecimento histórico é visto como uma verdade absoluta, homogeneizadora, sem problematização como é o caso nos livros paradidáticos que ligam o trabalho compulsório aos índios, escravos, ao negro, ao assalariado e às minorias, pelo fato de os escritores destes livros serem voltados para o tradicionalismo, se baseando na vida européia como se o modo de vida Europeu fosse o correto, não olhando o país em que vivem que é um país multicultural. Sendo eles preconceituosos.

A educação não deve ser refém desta pedagogia, porém há a necessidade de ressignificação didática entre os professores de modo que as noções gerais sejam construídas numa relação entre professor e estudante, partindo da experiencia do próprio estudante em interação com o saber docente. é com base nesta concepção  que o saber acadêmico proporciona a produção de conhecimento e não a pura e simples reprodução da desigualdade escolar, que tanto a classe hegemônica almeja ampliar.